A saúde está judicializada, entretanto, repleta de “aventuras judiciais”, sendo que ¼ das as ações são efetivamente procedentes. Mas, e o custo de uma defesa? Bem, não é possível objetivamente afirmar, já que cada caso é ímpar. No entanto, subjetivamente, pode-se observar, de forma geral, que uma sentença favorável, por exemplo, não significa propriamente um ganho para o médico. Isso, porque as cortes no nosso país, aplicam o Código de Defesa do Consumidor na judicialização da saúde, considerando relação de consumo a prestação de serviço entre médico e paciente, ainda que não haja promessa de resultado, o que afastaria a infeliz interpretação. E, implica diretamente no custo, já que facilita o ingresso judicial do “consumidor” em seu local de domicílio, e do contrário, onera a defesa, considerando que pode ocorrer fora do local do procedimento médico. Mas, ainda tem as custas processuais, horários de perito, de assistente técnico, de advogados, etc. Então, por mais que consiga provar sua inocência, este custo é irreversível! E ainda, há se ser considerado que em caso de sentença condenatória, ainda há a indenização a ser paga. Porém, neste ponto, não deve ser descartada a contratação de seguro de responsabilidade para se resguardar de uma derrocada. Isso, em relação aos custos de uma defesa judicial. Mas, e no campo da ética? – E não me refiro a defesa administrativa perante o Conselho, mas, sim, o custo à imagem! A exposição negativa tende a repercutir a curto, médio e longo prazo, muito mais que os custos monetários imediatos. Assim, é preciso ter um olhar amplo, absolutamente focado na gestão preventiva para relativizar os custos de uma eventual defesa judicial!